domingo, 10 de julho de 2011

Repetitivo.

Todas as músicas falam de amor.
Tô curtindo escutar o silêncio nesse momento da minha vida.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Depois da ressaca.

Agora o mar está calmo. Mas entre o fim da onda e o começo da praia a areia está sempre remexida.
Percebi que caminhar na melhor parte da praia, onde a areia não está muito fofa por estar completamente seca e não está afundando por estar muito molhada, não deixa pegadas. É bem nesse limiar que a onda passa e apaga cada uma que você deixou.
Nunca me importei em chegar na outra ponta da orla sem pegadas, dar meia volta e voltar o caminho todo revendo as mesmas pessoas e as mesmas paisagens com o sol na direção contrária.
É de se sentir um chão todo novo, remexido pelas ondas que passaram atrás de cada passo na ida.

sábado, 23 de abril de 2011

Deal with it.

Eu costumo dizer que uma das coisas mais imbecis do mundo é fazer alguém de idiota. Agora pensem comigo, quando somos nós que nos fazemos de idiota, quem é mais imbecil na história? Quando existe alguém pra culpar, alguém pra se revoltar e perguntar os motivos por ter agido de tal forma as coisas ficam bem mais fáceis.
Agora, quando o pior inimigo é você mesma e a realidade fantasiosa e irracional que foi construida em uma base completamente frouxa da sua mente, o problema é bem maior.
A gente tenta, conhece as regras do jogo e cada passo que deve ser dado. Aí mente pra si mesmo e acredita nessa mentira sem pé nem cabeça de que tudo vai dar certo... E se depara com a mesma bosta de sempre.
Quando o ser humano se depara com a solidão, com a realidade de não ter ninguém ao lado pra simplismente poder dar um carinho ou receber um maltrato, coisas imbecis acontecem. Eu vejo o fogo do desespero ardendo em cada olho solteiro nesse lixo de vida.
Se encontrar um amor verdadeiro é o sentido da vida, que merda eu to fazendo aqui ?


Contos de fadas não existem Daniela.

terça-feira, 22 de março de 2011

Egoque?

Conversando com uma grande amiga escutei que eu precisava encontrar alguém que me mereça, que dê valor a tudo o que eu sou. Mas peraí, de que adianta a pessoa me dar todo o valor do mundo se eu mesma não me dou o próprio respeito que eu mereço? EU me coloquei nesse lugar de auto-piedade, de degradação e sujeira em que me encontro. Quem não me merece sou eu, as pessoas só me tratam do jeito que eu as deixo me tratar, porque eu quero.
Eu quero o sujo, quero essa dor encrunhada dentro de uma mente vazia de pensamentos positivos. Quero o tapa. O chute. O xingo. O cuspe.
Quero toda essa merda junta. Porque nesse momento, é isso que eu sou, é isso que eu mereço.
Amanhã eu me amo. Por hoje fico com o que tem.
Afinal, como diria a sempre adolescente Avril Lavigne: "I'm the best damn thing that your eyes have ever seen."

quarta-feira, 2 de março de 2011

A linha.

Até que ponto decidir pensar só em você, nas suas vontades e nas suas realizações é aceitável?
A partir de que ponto a sua felicidade é mais importante do que a paz de outra pessoa?
Quando a linha é ultrapassada, como se pode voltar?

Tenho perguntas sem respostas.
Tenho sentimentos não concretos, vidas não vividas.
Sonhos realizados de uma forma mesquinha,
fantasiados em uma realidade paralela.
Onde os segundos bons se tornam dias de tortura,
auto-piedade.
Vinte e dois anos caminhando sobre um chão sem pegadas.


Que bosta.

sábado, 29 de janeiro de 2011

What the fuck you want?

"Come all ye reborn
Blow off my horn
I'm driving real hard
This is love, this is porn
God will forgive me
But I, I whip myself with scorn, scorn
I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
I remember december
And I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
What the hell do you want?" Damien Rice - I remember.

Há tantos tipos de pessoa no mundo, tantos tipos de pensamentos, de decisões e mesmo assim, são poucas aquelas capazes de se entender por completo. Acho impressionante coisas que eu julgo imperdoáveis, serem motivos de felicidade para outra pessoa a ponto de aquilo não afetar quase nada o dia-a-dia dela. Acho mais impressionante atos que eu julgo inofensivos, que acontecem apenas pela vivencia normal de uma pessoa, ter um significado completamente negativo e imperdoável, para outra.
Será que existe um senso comum? Ou é apenas um fato que as pessoas se agarram para dizer que estão fazendo a coisa certa e se julgam capazes de apontar o dedo e dizer quem está realmente certo ou errado.
É tão hipócrita pensar que eu odeio quem julgue as escolhas de outra pessoa. Eu? Estou fazendo exatamente isso.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Recomeço do início.

A explicação do nome do blog será o início dele.
Perdi o meu blog antigo com todos os meus textos juntos (eu sei, que tipo de pessoa não salva? eu.) e mesmo depois de grandes tentativas, não consegui recuperar nem uma vírgula sequer. Dessa forma, a catarse necessária pela minha perda sentimental foi a criação de um novo blog.
Escolher um nome novo para o um blog é muito mais dificil do que escolher um nome para um filho. Ninguém pensa muito no significado por trás do nome que o seu filho vai ter, mas com um blog, jesuis, você tenta encontrar uma palavra, duas no máximo que irão resumir todo o sentimento e objetivo de ter uma página na internet para expressar seus devaneios e suas loucuras, pior ainda, pra quem quiser ler.
O assomiglia vem de uma música, que tem muito significado e marcou fases especificas da minha vida. "Mi dispiace" da Laura Pausini. Lendo a tradução (um dia eu vou aprender italiano, juro) você encontra uma carta, escrita a sua mãe, com a esperança de um dia reencontrá-la para quem sabe pedir-lhe perdão. Triste pra porra, mas linda.
"E la mia anima lo sento ti assomiglia." E daí vem o devaneio, a piração do dia. O pensamento de que as almas se assemelham. Mãe e filha, amigas, namorados. Aquela característica que você tem, igualzinha a da sua mãe, que você só enxerga quando alguém te fala "nossa, você falou igual a sua mãe agora.", as aventuras absurdas vividas que você vai contar pra sua melhor amiga e descobre que ela acabou de passar pelas mesmas loucuras, a empatia real e sem explicação por uma amizade, o desejo fisíco incontrolável por alguém. Assomiglia, se assemelha.
Tudo isso, no marco de um novo sentimento meu. De me assemelhar com quem eu realmente sou, sem me esconder com medo da minha própria verdade.

"Aspetterò pazientemente un altro sogno. Ti voglio bene mamma... scrivimi... tua figlia."